AIREnaEIRA
AIREnaEIRA
terça-feira, 4 de novembro de 2008
CARTA PARA NINGUÉN
CARTA PARA NINGUÉN
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No desván da memoria,
Gardo a carta secreta,
Sen sobre, sen remesa;
Non quero que a recollan.
Gardada, e ben gardada,
Veleidade imposible;
Para sentirme libre,
Sempre hei tela acochada.
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